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23 de abril de 2013

Temos um novo rei

O Barcelona manteve a hegemonia do futebol europeu por um período que durou de 2008 à 2012. Com a saída de Pep Guardiola o clube caiu de rendimento e tudo indicava para o início de uma Nova Ordem Mundial do futebol. O sucessor do clube catalão era até então uma incógnita, mas hoje tem nome: Bayern de Munique, que assim como seu antecessor forma a base da seleção nacional de seu país (cinco jogadores no time titular - seis, agora, com Götze).


O futebol bonito que os levou à última final de Champions League já era um indicativo que o clube tinha muito a mostrar. O título da Bundesliga e a classificação para a semifinal facilidade deixaram os bávaros a um passo de serem os melhores do Velho Continente (e consequentemente do mundo).

Hoje, o time de Jupp Heynckes pode ser coroado como o novo comandante da Europa. A ostensiva vitória por 4 a 0 sobre o Barcelona, que tirou as chances dos espanhóis de avançarem para a final, confirmou que o Bayern é sim o melhor time da Europa.

Tudo bem que ainda temos o Real Madrid, considerado por muito tempo a segunda maior força da Europa. Entretanto a equipe comandada por José Mourinho não vive um bom momento e não é mais a favorita a nenhum título. Há grandes chances de se enfrentarem na final medindo forças e disputando a coroa, mas se isso acontecer, prevejo mais um massacre vermelho.

Diferente do Barcelona que conquistou o mundo, o Bayern não depende de um jogador; como os espanhóis mostraram ser. Sem Messi, ou sem ele 100%, o jogo não flui da mesma forma e sua classificação chegou a ser ameaçada. Robben, Müller, Ribéry, Neuer e companhia são interligados: na Alemanha é um por todos e todos por um.

No jogo separador de águas no Velho Continente só um clube mandou. Com entrosamento abriu o placar aos 24 do primeiro tempo com jogada entre Dante e Müller. O segundo tempo foi um festa: aos três, Mario Gomez marcou; aos 26, Robben e aos 34, Müller fechando o 4 a 0. O Bayern foi perfeito, uma vez que Dante e Boateng fecharam a defesa (além de participarem do ataque), Alaba e Lahm fizeram magnificamente a transição para o ataque. Javi Martínez fez o trabalho sujo, evitando ataques catalães enquanto Schweinsteiger saia pro jogo. Robben e Ribéry eram soberanos pelos flancos, já Müller orquestrava o time pelo meio. Mario Gomez, sozinho no ataque, foi o verdadeiro centro-avante ao fazer o papel de pivô (depois executado por Müller) e buscar as redes.

Pode ser que o título concedido por mim seja precoce e eu queime a língua, mas acredito que não. É um resultado jamais visto nesta fase da competição e justamente sobre o clube mais temido do mundo. Fizeram de um jogo digno de final, um amistoso. Transformaram o melhor jogador do mundo em protagonista e todos juntos e interligados ensinaram o mundo a jogar futebol.


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