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16 de dezembro de 2012

O jeito corintiano de ser

Mesmo não sendo corintiano estava empolgado na noite de sábado para o jogo que definiria o campeão mundial no domingo. Obviamente o meu objetivo era secar ao máximo os alvinegros diante do, a principio, gigantesco Chelsea. Entretanto tenho que admitir o Corinthians foi melhor! Superaram barreiras, derrubaram grandes clubes (vide Santos, Boca Juniors e Chelsea) e o melhor, de forma inesperada e apaixonante. Foram campões com o jeito corintiano de ser.


Acordei atrasado. O relógio já marcavam 10h e eu havia perdido o primeiro tempo, que consagrou o maior jogador corintiano (literalmente): o goleiro Cássio. O arqueiro apesar de vestido de amarelo, não amarelou e defendeu bolas que nem os maiores goleiros do mundo defenderiam, como foi o caso dos difíceis chutes de Moses, Fernando Torres e Cahill.

Apesar de não ter começado a ver do início eu pude ver outras duas lendas (ou quem sabe mais) marcarem seus nomes na história não só do clube, mas de todos os loucos que sacrificaram várias vontades para comparecer, apoiar e fazer a diferença no Japão. O primeiro foi um legítimo guerreiro. Chegou ao clube desconfiando os torcedores, contudo provou sua capacidade hoje ao marcar o gol do título. Paolo Guerrero foi um guerreiro e após um jogada fantástica de Paulinho e Danilo (outros dois grandes nomes da conquista) subiu o necessário para tirar de três jogadores azuis e marcar um dos gols mais importantes da história para a fiel torcida corintiana.


Outro nome que merece o devido destaque é o do técnico. Ele que sempre é o culpado nas derrotas e esquecido nas vitórias. O que leva nas costas a sua filosofia e o seu time para provar no final que todos estavam errados e que ele é capaz. Parabéns, Tite, por levar o Corinthians do inferno de ser eliminado na pré-Libertadores ao céu de vencer a inédita Libertadores e o bi Mundial.

Não poderia esquecer é claro dos outros jogadores, que não foram tão destacados nessa final, mas sem eles a "Democracia Corintiana" não chegaria a este ponto. Parabéns, Chicão, Paulo André, Fabio Santos, Alessandro, Ralf, Emerson, Jorge Henrique, Guerrero e os outros que não são titulares mas participarão tão ativamente quanto Alex e Leandro Castan que deixaram o clube após a conquista da América. O "vai Corinthians!" pronunciado pro Tite, eu jamais escreverei, contudo o clube merece minhas congratulações: PARABÉNS CORINTHIANS!

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Nome não ganha jogo, mas só raça também não!



Doze anos atrás estavam lá os corintianos disputando o Mundial. Não no Japão, nem por mérito de terem vencido uma Libertadores, mas era Mundial. Apesar de ter o nome da famosa competição, o título jamais convenceu os rivais. Depois de silenciar a voz que dizia que eles “não podiam vencer” a Libertadores, eles têm a chance de calar mais uma boca: a que tenta convencê-los que eles não possuem o maior título do mundo.

Doze anos atrás, na Europa, o Chelsea estava preocupado e ainda sem fama buscava uma colocação que lhe enviasse para a Champions League. O foco sempre (e talvez sempre será) a UCL. O Mundial está fora dos planos europeus. Hoje, os Blues querem apenas complementar o que foi iniciado na conquista em cima do Bayern, em plena Allianz Arena, no meio do ano. Nada, além disso.

2012 chegou, o Chelsea e o Corinthians conquistaram seus continentes de forma inédita e já no final do ano eles se enfrentarão para saber quem foi o melhor clube do ano. O objetivo do Mundial sempre foi esse, contudo hoje se sabe que não é bem assim que funciona. Um Corinthians empolgado pegará um Chelsea desmotivado na final desta grande competição.


Os paulistas são mais unidos e justamente esse é o ponto forte da equipe comandada pelo técnico Tite. Sem um craque, mas como um grupo, eles conquistaram a América e agora pretendem fixar sua bandeira no mundo inteiro. Já o clube londrino é feito de nomes que não possuem uma grande química. Hazard, Oscar, Mata, Ramires, Torres e diversos outros craques são além de valorizados, craques, todavia não têm “tempo de casa” suficiente para dizer que formam uma equipe.

A comparação dos elencos é desigual. Caso se crie um embate individual entre os jogadores, provavelmente apenas dois vestiriam a camisa da Fiel: Ralf e Paulinho. Mikel e Ramires seriam os únicos derrotados do Chelsea, enquanto Cech, David Luiz, Cahill, Ivanovic, Ashley Cole, Mata, Oscar, Hazard e Torres venceriam com facilidade os atletas corintianos.

Amanhã, as 8h30 (horário de Brasília) Chelsea e Corinthians se verão para decidir o campeão do Mundial. Com formações táticas semelhantes – ambos no 4-2-3-1 – os clubes se enfrentam. Os defensores da rainha podem parecer maiores, contudo seu desinteresse os diminui. Já os defensores de sua louca torcida são empurrados pela massa que compareceu com força no Japão. Aposto nos Blues, visto que acredito que raça e disposição não bastam no magnífico esporte que o futebol, o qual permite que clubes de diferentes níveis se enfrentem e nem por isso haja um vencedor garantido.

*Talvez iniciem a partida no banco dando lugar à Marko Marin (ou Moses) e Frank Lampard.

Veja também outros pontos de vista como por exemplo o dos blogueiros Felipe Portes e Walter Paneque:

FP - "Corinthians está mais no espírito do
Mundial e tem um time entrosadíssimo. Deve vencer por um detalhe ou dois, jogo suado e placar apertado. Justamente por o Chelsea não focar tanto no título e ser irregular nesta temporada, deve ficar com o vice. Tite já tem uma estratégia estabelecida."

WP - "Corinthians com o sonho Mundial pode esbarrar em Torres azuis e cair por terra. Tite titubeou, complexado, não deveria nem cogitar mexer no time. Blues vem absolutos, e pra mim, graças a incerteza do treinador corintiano, assumem o posto de favoritos."


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13 de dezembro de 2012

É (sou) campeão!



“100% de esforço onde houver 1% de chance”. O popular ditado citado expressa a raça e comprometimento que devem ser dados, principalmente, nas situações difíceis. Pensamento, o qual o Tigre não seguiu a risca na noite desta quarta-feira, quando preferiu não voltar ao gramado no segundo tempo.

A final não é uma situação cotidiana a nenhum clube, por melhor que ele seja, portanto o humilde time argentino não poderia ter desprezado-a, independentemente do que aconteceu no vestiário com a polícia, os seguranças ou os jogadores do São Paulo. É também importante ressaltar que só houver toda essa desavença devido ao comportamento indisciplinado dos argentinos dentro e fora de campo na Argentina e no Morumbi.

Apesar de toda essa discussão em relação ao o que teve e o que deixou de ter no vestiário do Morumbi a partida foi muito feliz. Feliz para mim, que como são-paulino voltei a sorrir depois de quatro longos anos sem título, com uma conquista. Feliz para o meia Lucas que se despede demonstrando habilidade (devido a seu gol e sua assistência para o gol de Osvaldo), humildade (pelo choro sincero demonstrado na festa) e principalmente sensatez nos momentos de desavenças com os adversários. E feliz obviamente para o clube que valorizou seus jogadores e conquistou novos torcedores, após essa meia-vitória por 2 a 0.

Essa conquista deve-se principalmente a um nome, o do camisa sete que como disse o capitão do Tricolor, Rogério Ceni “é o diferencial” e “abre as defesas adversárias”. Desejo sorte ao Menino de Ouro que a partir de janeiro viverá em Paris, todavia sempre carregando um pouco de São Paulo consigo, já que como o próprio Lucas disse, ele ama “esse clube”.

Independentemente do que houve nos bastidores, o São Paulo foi merecedor do título. Lucas foi merecedor dos prêmios e do reconhecimento e o que importa, como disse o goleiro-ídolo tricolor não são os quadros que deixará no Morumbi e no CT, mas sim os que ele deixará na casa e no coração dos torcedores. O título de hoje não expressa apenas mais uma conquista, mas também o marco de uma história com Rogério Ceni, Lucas, Luís Fabiano, Ney Franco e tantas outras figuras agora importantes na história do "Maior do Mundo".

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Nesses momentos a imparcialidade clubística é difícil de não ser exposta. Por este motivo optei pelo título "É (sou) campeão!", já que mostra uma visão até certo ponto imparcial, mas também como torcedor, quando revelo o que senti no decorrer da epopeia vista hoje no Morumbi.

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12 de dezembro de 2012

Foi mais fácil do que parece


Há quem diga que o Corinthians não teve vida fácil em sua estréia no Mundial Interclubes contra o Al-Ahly, assim como quem acredita que o clube egípcio merecia a vitória diante do clube paulista, contudo tudo isso não passa de uma visão errada partida de estréia do Alvinegro. Tite organizou seu time com maestria e soube defender precisamente e esperar os momentos certos para contra-atacar.

O time brasileiro entrou em campo aflito, apreensivo, contudo esse sentimento manteve-se apenas até os primeiros vinte e nove minutos de jogo, quando Douglas se passou por craque e efetuou um lançamento preciso na cabeça do único centro-avante corintiano, Paolo Guerrero, que abriu o placar. Daí pra frente o Corinthians conseguiu ter o jogo em suas mãos (ou em seus pés), mas nenhuma chance foi efetivamente concluída.

O que parecia ser um jogo de domínio paulista se converteu em uma pressão exagerada dos africanos que pressionaram o segundo tempo inteiro para furar a defesa adversário. Tentativa sem sucesso, já que exceto o tento de Guerrero, nenhuma bola foi ao gol em nenhum dos lados.

O Al-Ahly teve até bons lampejos, como o quando Fathi perdeu oportunidade clara de gol frente a frente com Cássio. Os papéis haviam se invertido, mas o Corinthians ainda era melhor. Defendeu atrás com dez homens, deixando apenas seu camisa nove para o contra-ataque, não obstante mesmo assim assustaram seus adversários com Romarinho, Danilo e principalmente Paulinho.

O Corinthians não passou sufoco na partida, apenas reteve seus ataques. Preferiu deixar os péssimos chutadores adversário chegarem para ter a oportunidade do contra-ataque. Nem um, nem outro adiantou e gol de Guerrero foi que decretou a vitória corintiana. Agora, o clube paulista deve ter uma tarefa bem mais dura: contra o Chelsea, que também deve se classificar sem grandes dificuldades.

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3 de dezembro de 2012

Volta Mata-Mata

A última rodada do Brasileirão era sempre monótona, uma vez que vários clubes permitiam-se de sofrer gols para não favorecer rivais. Com a mudança adotada a partir de 2011, de colocar todos (na medida do possível) os clássicos para a última rodada o jogo melhorou, contudo, a exemplo deste ano, os últimos jogos pouco cativaram os torcedores.

No Rio de Janeiro todos os clubes já tinham destino definido, portanto jogaram seus jogos como "clássicos-amistosos". O mesmo ocorreu em São Paulo e nos jogos entre Atlético-GO e Bahia; e Coritiba e Figueirense. Já em Minas Gerais e no Rio Grande do Sul os derbys valeram pouco ou quase nada (Atlético Mineiro e Grêmio queriam a vaga direta para a Libertadores). A única exceção foi em Pernambuco, onde o Náutico teve o prazer de rebaixar seu maior rival, o Sport.

Apesar de algumas particularidades, a conclusão do campeonato foi majoritariamente maçante É por este motivo que proponho a volta do mata-mata. Caso novamente implantado os jogos se tornariam mais emocionantes, visto que os clubes jogariam suas partidas como se fossem seus últimos. Dariam raça e sangue para vencer sempre. Além de atrair emoção, o mata-mata atrairia mais torcedores e consequentemente mais renda aos clubes. Com esse sistema de disputa, provavelmente não veríamos mais os jogos do Botafogo em um Engenhão vazio.

Há quem diga que os clubes eliminados seria muito prejudicados, já que não garantiriam sua renda até o fim do ano. Entretanto vale se considerar que o dinheiro recebido seria maior, além de que os clubes poderiam focar ao término do Brasileirão em competições como a Libertadores, a Sul-Americana e a Copa do Brasil.

Chega de monotonia. Vamos abolir públicos inferiores a 10 ou 15 mil pagantes. Fora desanimo. Venha vontade de jogar, raça, vontade, dedicação e público. Venha mata-mata! (ao melhor estilo propaganda política).

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