A 10 maldita

A famosa camisa 10 fica com aquele armador que cria, marca, dá cara ao time, entretanto no Real Madrid a coisa é bem diferente, inclusive vestir o emblemático número não tem sido algo tão bom. Desde que Figo deixou a camisa, os jogadores que a vestiram não fizeram sucesso; primeiro Robinho, depois Sneijder seguido de Lass Diarra que nesta temporada cedeu a Özil que caiu de rendimento. O que há por trás?

Essa maldição tradição iniciou na temporada 2005/06 quando orgulhosamente, o recém-contrato, Robinho, recebeu a camisa 10 de Figo que deixou os galáticos rumo à Inter de Milão. O ex-santista vinha com todo o peso nas costas de fazer o que vinha fazendo no Santos, até brilhou, mas o investimento não chegou aos pés do que era esperado.

Na temporada 2008/09 Sneijder recebeu a 10 deixada por Robinho, que partiu para Manchester. O holandês havia brilhado com a 23, uma temporada antes, e de prêmio recebeu o maldito número, com o qual fez sucesso ao deixar o Real, na Inter. Lass recebeu a camisa e foi o pior, nem lembraram dele que figurou o banco em várias partidas.

O nome da vez é o alemão Mesut Özil que assim como Sneijder brilhou com a 23 e recebeu a maldição da 10. A maldita camisa fez ele inclusive perder em algumas partidas a vaga de absoluta de titular e ficar no banco de Mourinho. Mou, por algumas vezes preferiu colocar o 8, Kaká, como meia-armador (o que fez efeito).

É uma situação no mínimo curiosa. Enquanto uns clubes, como São Paulo, procuraram um 10, o Real parece mesmo é querer se livrar da camisa. Segundo o Marca (famoso diário espanhol), um dos desafios de José Mourinho é recuperar o futebol de seu atual camisa. Se eu fosse o português eu devolvia a 23!

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