Os
atleticanos surpreenderam o São Paulo nas oitavas de final vencendo as duas
partidas, o que mostrava todo o potencial do time de Cuca. Entretanto nada foi
fácil para essa equipe chegar a esse ponto; eliminaram o Tijuana e o Newells
Old Boys com muita dificuldade. Agora, na grande decisão, saíram perdendo por 2
a 0 no Paraguai. Ronaldinho, Jô, Bernard, Tardelli, Victor e companhia têm o
cenário perfeito para fazer do jogo de hoje, no Mineirão, a final mais
emocionante da história das Libertadores.
Para o momento
de apreensão, enquanto aguardamos o momento do apito inicial do jogo mais
importante da história do Atlético, vamos recordar algumas emocionantes finais
da Libertadores envolvendo clubes brasileiros.
Santos X Boca Juniors – 1963
A
Libertadores de 1963 foi do Santos, pois era para ser do Santos. O fantástico
time de Pelé, Coutinho e Pepe levantou de forma invicta, a taça. Mais de 100.000
pessoal viram no Maracanã o Santos abrir uma fácil vantagem de 3 a 0 sobre os
argentinos com apenas 28 minutos de jogo. Mas tudo mudou quando aos 43 do
primeiro tempo San Filippo diminuiu o placar e aos 44 do segundo tornou a
diferença que era de três para apenas um gol. A pressão foi muito grande, mas a
defesa santista composta por Gilmar, Mauro, Calvet e Dalmo deu conta do recado
e garantiu a vitória. Na Bombonera, o mesmo San Filippo abriu o placar no final
do primeiro tempo, mas os craques do time, Pelé e Coutinho, na segunda etapa
viraram o jogo e conquistaram a segunda Libertadores do Peixe.
Palmeiras X Deportivo Cali – 1999
Essa final
ficará na memória dos palmeirenses para sempre; não por ser a primeira (e até
hoje, única) conquista da Libertadores, mas pela dificuldade e raça com que foi
conseguida. No primeiro jogo, em Cali, os alviverdes sofreram ao serem
derrotados por 1 a 0. Toda essa tristeza se transformou em motivação para no simbólico
Palestra Itália reverter a situação. E assim foi. Evair e Oséas fizeram para o
Verdão, que ainda sofreu um de Zapata. Com o 2 a 2 acumulado, o jogo foi para a
tensa disputa de pênaltis. Zinho abriu mal perdendo o primeiro pênalti
palmeirense, mas Júnior Baiano, Roque Júnior, Rogério e Euller converteram os
seus enquanto apensa três atletas colombianos marcaram. E assim, o Palmeiras
soube, como sempre, mostrar que de fato é campeão.
Fluminense X LDU – 2008
O Fluminense fez uma campanha
fantástica passando por São Paulo e Boca Juniors, os favoritos ao título daquele
ano. Enquanto isso, a LDU ia surpreendendo adversário após adversário com a falta
de oxigênio da alta Quito.
No primeiro jogo da final, a
imprevisibilidade equatoriana venceu e por 4 a 2, um placar dificílimo de ser
convertido. Tudo ficou ainda mais difícil quando o Flu saiu atrás na partida no
Maracanã. Entretanto, Thiago Neves foi o salvador e marcou três gols fazendo a
partida ser decidida nos pênaltis. Se o craque fez a diferença no jogo, nos
pênaltis a história foi outra. Os ídolos do clube brasileiro Conca, Thiago
Neves e Washington perderam suas cobranças, catimbados pelo goleiro Cevallos;
só o capixaba (!) Cícero marcou em sua oportunidade. Do outro lado, os
pseudocraques Urrutia, Guerrón e Salas marcaram os seus (Campos perdeu) e a
taça foi inesperadamente, pela primeira vez, para o Equador.
Cruzeiro
X Estudiantes – 2009
Essa foi a Libertadores da qual mais
me recordo, pois a equipe cruzeirense mostrou que realmente poderia ser campeã
quando bateu o São Paulo por 2 a 0 no Morumbi, no qual eu estava presente e
pude ver Henrique marcar um golaço de voleio e Kléber completar a vitória de
pênalti.
Depois disso, o clube celeste ainda
eliminou o Grêmio antes de chegar à final contra o Estudiantes. O 0 a 0 do
primeiro jogo deixava a decisão do campeão para a partida no Mineirão, onde o
vencedor se consagraria o melhor time das Américas. O jogo começou bem para os
mineiros que marcaram com Henrique. Entretanto essa partida foi chamada de “Mineirazzo”,
justamente, porque os argentinos conseguiram virar o jogo, assim como os
uruguaios viraram sobre o Brasil em 1950, no Maracanazzo. O time de Adilson
Batista ainda pressionou e Thiago Ribeiro acertou nos minutos finais um chute
no travessão; mas como diria o cruzeirense Samuel Rosa, “bola na trave não
altera o placar”, e o Estudiantes venceu a partida e conquistou as Américas.
#YesWeCAM
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