Várias partidas ao passar das décadas foram decididas por naturais falhas humanas, que nos anos passados eram impossíveis de ser resolvidas. Recentemente, a FIFA tentou solucionar tais problemas com mais dois auxiliares, um ao lado de cada gol. Nada melhorou, bolas continuaram a entrar e os gols não foram marcados. Por isso, já na Copa do Mundo de 2014, acertadamente, a organização máxima do futebol introduziu a tecnologia, que não resolve todos os problemas, mas já ajuda a tornar o esporte mais justo. Neste domingo, já foi possível perceber o resultado de tal melhora.
A partida entre França e Honduras poderia ficar marcada pela excelente atuação de Benzema ou pela forma como Deschamps perfeitamente contornou a falta de Ribéry, entretanto foi nesse jogo que a tecnologia, pela primeira vez na história decidiu um resultado. O camisa 10 francês, o melhor da partida, acertou uma bomba na trave que voltou nas mãos do goleiro hondurenho Valladares, ele segurou mal, a bola foi em direção ao gol e logo depois afastada. A torcida prontamente se perguntou: foi gol? A bola entrou? O árbitro brasileiro Sandro Meira Ricci sentiu seu relógio vibrar e logo apontou o meio de campo. O telão em seguida confirmou eficientemente e pela primeira vez de forma necessária que foi gol resultando no final em um gol a mais para a Seleção Francesa.
Há até hoje a dúvida no gol inglês contra a Alemanha na prorrogação da final da Copa de 66 em que a bola quicou na linha e sem haver como confirmar o juiz deu o gol. Na Copa de 2010, os prejudicados foram os ingleses que acertaram o travessão e viram a bola quicar dentro do gol do alemão Neuer; só eles viram, pois o juiz mandou o jogo seguir. Já em 2014, no Campeonato Carioca, Douglas marcou, contudo, mesmo com um auxiliar ao lado do gol, o tento não foi anotado pelo juiz. O usou de câmeras e um chip nas bolas hoje resolve o problema que tanto atormentou ingleses, alemães e vascaínos.
Impressionantemente, há quem ainda critique a modernização do futebol: “E a gostosa discussão nos bares, acabou a polêmica?”. Vale lembrar, que o gol não marcado quando a bola entra só é gostoso para quem é beneficiado. Ninguém gosta de sofrer com as falhas dos árbitros e uma vez que há adventos para minimizá-las devem ser utilizados. O agradável do dia após o jogo não pode mais ser entoar o grito de “roubado é mais gostoso” (como fez o goleiro flamenguista Felipe), mas sim zombar ludicamente do adversário por uma vitória justa e merecida.
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