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10 de setembro de 2014

Seleção: Como foi jogar sem atacantes


Dunga definitivamente não é o melhor técnico que a Seleção Brasileira poderia ter, porém, ainda assim é um nome que me agrada devido a sua capacidade de se adaptar ao futebol mundial. No contexto de 2010, com uma equipe bem formulada ele aplicou o 4-2-3-1, que entrava em ascensão às vésperas da Copa do Mundo. Em um cenário completamente diferente ele toma a mesma exímia postura e põe em prática um time sem atacantes de referências, com o time "falso 9".

Mesmo com vitórias magras diante de Colombia e Equador - ambos por 1 a 0 - foi interessante perceber a evolução do time, ao menos nos âmbitos da movimentação, versatilidade e criação de jogadas. Mais perceptível na segunda partida, pode-se ver bem Neymar, Philippe Coutinho e Ricardo Goulart trocando de posições frequentemente, sem definir um legítimo atacante. O camisa dez mais uma vez foi o destaque da equipe, o meia do Liverpool jogou pouco, entretanto já mostrou o entrosamento de longa data com o ex-santista. Goulart por sua vez não foi tão bem; teve poucas oportunidades e as desperdiçou, ainda assim foi mais eficiente que o Fred que se viu no Mundial.

Essas três peças foram as mais interessantes de se perceber no jogo, não obstante não foram as únicas. Além dos "atacantes" o cruzeirense Éverton Ribeiro parece que se firmará com a amarelinho ao surfar na má fase de Oscar. Filipe Luís é outro que pode aproveitar uma baixa para consolidar sua convocação. Na falta de Marcelo, o lateral do Chelsea foi muito bem e fez o que o atleta do Real Madrid sempre deixou a desejar: defendeu. Outro que vale o destaque é Luiz Gustavo. Este conseguiu manter as boas atuações da Copa do Mundo e mesmo com poucas habilidade para sair jogando é seguro tanto nas enfiadas e passes laterais como nos desarmes.


O que nitidamente falta no time é a coletividade de Neymar em lances capitais. Pude perceber que em diversas vezes deixou de servir principalmente Ricardo Goulart para arriscar jogadas individuais. Não só isso, mas também faltou maior segurança do goleiro Jefferson, o qual ainda não encaro como melhor nome para a posição. Ainda, Tardelli, Oscar e William (mesmo com o gol) começaram entre os onze, mas não convenceram.

Vê-se, pois, que o Brasil ainda não é uma equipe pronta para jogar uma grande competição, o que nem era de se esperar. Dunga assumiu a pouco tempo e parece ter dado uma boa largada, como foi em sua primeira passagem. Trocou peças, testou nomes e o mais importante: disciplinou o time taticamente com o mais moderno que nota-se nas grandes equipes.
 
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2 comentários:

  1. Se por ventura a Seleção brasileira apresentar um bom futebol no futuro, será exclusivamente por conta do pouquinho de talento que ainda tem. Nada de dedo de treinador. www.euvistoacamisadogalo.com.br

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    1. Fabio,
      Acredito que o maior mérito será sim dos jogadores, afinal, quem empurra a bola pro fundo, quem dá assistência e quem dribla são eles. O técnico, contudo, tem sua importância. Felipão não conseguiu montar uma equipe dinâmica e estagnou alguns atletas como o segundo volante (que chegou a ser Ramires, Fernandinho e Paulinho) além de Fred.
      Abraço

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