Com o avanço da questão da Criméia e o "novo imperialismo" russo há quem fale na formação de uma nova União Soviética comandada por Vladimir Putin. Isso é improvável, mas falando de futebol vale a pena voltar aos períodos de Guerra Fria quando ainda havia uma seleção da famosa URSS. Por ela jogou, por exemplo, o Aranha Negra, Lev Yashin, considerado por alguns como o melhor goleiro do mundo. Tendo isso em vista, e se além de se reestruturar a União Soviética, fosse uma formada uma seleção dos países que formaram o bloco socialista no período em que o mundo era polarizado pelo capitalismo e pelo socialismo haveria mais um timaço na praça.
3 de abril de 2014
2 de abril de 2014
O real valor da Bola de Ouro
Muito se discute sobre o real valor da Bola de Ouro, que premia normalmente em janeiro o melhor jogador do ano que se passou. Nesse contexto, fica claro que as conquistas dessa premiação não são critério de comparação entre dois jogadores de épocas diferentes, visto que não é analisada a atuação de cada um em diferentes temporadas, mas sim em um ano em específico com adversários específicos. Cabe reconhecer, no entanto, que é uma premiação valiosa e que atletas que já a venceram mais de uma vez são naturalmente melhores do que os que nunca venceram ou não figuraram nos principais candidatos.
É nesse ambiente que se forma a discussão sobre quem é melhor que quem usando normalmente como comparativo Messi, que já venceu por quatro vezes a premiação e coleciona adversários (dentre eles Cristiano Ronaldo, Ronaldo, Ronaldinho e absurdamente até mesmo Pelé). O mais preocupante, contudo, é constatar que há quem leve as conquistas a risca ignorando outros números, como as dificuldades de cada período e até mesmo os adversários da época. Por exemplo, em 2004 Ronaldinho venceu uma ferrenha disputa contra Henry e Shevchenko, que viviam fantásticas fases, enquanto em 2007 Kaká já experiente bateu os ainda iniciantes Cristiano Ronaldo e Messi. Em contexto assim, não é de admirar que alguns jogadores vençam mais prêmios do que outros; em fases de maior escassez de craques (como a que vivemos) é natural que o prêmio flutue entre dois ou três nomes apenas.
Não é exagero afirmar que atletas como Totti, Gerrard, Kahn, Raúl, Bergkamp, Batistuta e os demais craques que não ganharam a tal premiação são tão craques quanto Kaká, Figo e Cannavaro, que já foram premiados. Mesmo aí, exige-se cautela, visto que quem são usados são critérios individuais de gols, habilidade, participação na equipe, títulos e até mesmo conquistas individuais e não a da supervalorizada Bola de Ouro. Então, não se trata de escolher os melhores entre os vencedores da bonificação, mas sim entre todos os craques de um determinado período que é analisado.
Por essa lógica seria aceitável que se escolhessem critérios melhores de comparação entre dois atletas, o que não despreza a Bola de Ouro, apenas lhe confere seu real poder. Essa, porém, é uma tarefa trabalhosa, visto que não será a FIFA ou algum órgão que imporão, mas o próprio fã de futebol que deve reconhecer e aceitar. O que importa, portanto, é reconhecer que a Bola de Ouro não é um prêmio supremo que passa por cima dos outros e que o futebol não é uma ciência exata, já que o principal critério é a opinião, mesmo que haja a análise de dados.
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