Da tevê da minha casa verei o título do meu Vascão!
Amanhã acaba o Campeonato Brasileiro. Quando o juíz apitar o
fim do jogo, às 19h (se não houverem atrasos),
o Vasco pode ser campeão brasileiro. A ficha não caiu. Ainda não tenho
noção do que isso possa significar para mim, para o meu clube, para a torcida
vascaína e para os jogadores. Mas sem dúvida será o maior título que
comemorarei como torcedor.
Comecei a acompanhar futebol em 2002. Tinha, então, oito
anos de idade quando me lembro de ouvir, em um radinho de pilha surrado (que
tenho até hoje, diga-se de passagem), um jogo do Vasco pelo Campeonato
Brasileiro daquele ano. Me lembro que o narrador chamava Hélton de muralha.
Pouco tempo depois, num jogo contra o Grêmio, ele falhou feio – por várias
vezes. A má fase veio e não demorou muito para o goleiro sair do Vasco (por
motivos que demoraria outro texto para explicar).
Essa foi minha primeira lembrança acompanhando,
fanaticamente, o meu time do coração, mas não foi minha primeira lembrança. Me
lembro de, no Mundial de clubes de 2000, falar com meu pai ao telefone sobre o
jogo. Como todos sabem, o final não foi muito feliz... Ah, Edmundo!
Meu primeiro jogo em um estádio foi no ano de 2008. O Vasco
enfrentava, no estádio de São Januário, o Boa Vista. Ganhamos de quatro tentos
a zero. Fui, durante o ano, a muitos jogos. O último deles foi Vasco e Vitória.
O final, mais uma vez, não foi feliz. Não dei lá muita sorte para meu time
(novamente).
Não sou pé frio. No ano seguinte estava lá para ver o Vasco
ser campeão da Série B. Depois fiquei sabendo que muitos não consideram isso um
título. Enfim, deixa quieto. O fato é que, este ano, o Gigante acordou de um
sono profundo. O Cruz-Maltino venceu a Copa do Brasil e agora briga pelo título
nacional. Quem acreditava que o time que em 2008 estava numa crise profunda chegaria
em 2011 brigando por isso tudo? Eu!
Para quebrar a fama de pé frio resolvi ir em dois jogos
nessa temporada. Ambos contra o Botafogo (time que reune o maior número de
superticiosos por metro quadrado). O Vasco venceu os dois. Mas, para previnir, preferi não ir nos jogos
finais... Sabe como é, né! Vai que... Ai depois a culpa do fracasso seria toda
minha.
“O torcedor é, antes
de tudo, paixão. É chama sagrada, que queima e ilumina o coração do homem.”.
Permito-me roubar a frase do mestre Armando Nogueira para dizer que a chama
está brilhando dentro de mim. Chama de esperança. Esperança que eu possa ver (da
tevê da minha casa, para previnir!) o Gigante da Colina ser campeão brasileiro.
Saudações vascaínas!
Seremos campeões
Escrito por Carlos Ramos (twitter.com/carlosramos93).
Carlos Ramos escreve também no Rio F.C, no Futebol Por
Loucos, na Plustv e em http://blogdocarlosramos.blogspot.com/
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