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22 de julho de 2014

5 motivos para comemorar a chegada de Dunga

A CBF só anunciará amanhã, mas devido a vazamentos não será surpresa a volta de Dunga ao comando da Seleção Brasileira. Tendo tal notícia em evidencia o primeiro ponto que vem à cabeça é a enormidade de críticas sofridas pelo técnico, em sua maioria por um fato tão comum no futebol: perder uma Copa. Sem grandes justificativas e mesmo tendo vencido uma Copa América e uma Copa das Confederações o gaúcho foi mandado embora logo após a Copa de 2010. Entretanto, ele está de volta e, sendo assim, vale apontar 5 motivos comemorar e perceber que das opções que havia no mercado brasileiro a chegada de Dunga era o melhor.


1. Convocações

Dunga reposicionou Elano no futebol mundial e fez dele peça essencial em 2010.
Desde quando convocou a Seleção pela primeira vez Dunga já dava indícios de que gosta de experimentar. Quase sempre com novidades o técnico da Copa de 2010 testou de tudo: do então desconhecido goleiro Cássio ao atacante Afonso Alves passando ainda pelo esquecido no Milan, Ricardo Oliveira.

Com todos esses testes ele não poderia sair em branco e formou uma equipe competitiva em 2010, pouco baseada na equipe derrotada pela França em 2006. Deu boas chances à "promessas" como Elano, Felipe Melo, Maicon e restabeleceu xerifes experientes como Gilberto Silva, Lúcio e Juan. Sabendo disso, ele pode ser o nome certo para renovar o que precisa mudar (goleiro, centroavante e armador, por exemplo) e manter o que já temos de melhor (zaga e meio).

Deste modo, quem sabe não veremos Éverton Ribeiro, Ricardo Goulart, Walter e Douglas Costa, esquecidos pela birra de Felipão.

2. Títulos

Dunga pode não ter feito uma grande eliminatória para a Copa na África do Sul deixando alguns brasileiros com medo de uma não classificação. Mesmo assim, vale destacar que quando o campeonato era para valer ele foi copeiro e assim levantou a taça da Copa América (com vitória sobre a Argentina na final) e a Copa das Confederações.

3. Experiência de Seleção

Tite, Muricy e Abel Braga não seriam opções ruins para a Seleção, mas possuem estilos de jogo ultrapassados, além disso jamais tiveram a experiência de comandar um país em uma Copa do Mundo. Dunga já o fez e fatalmente muito pecou (principalmente no emocional). Por outro lado, agora, mais maduro, sabe o que não fazer e que decisões tomar no aperto. Além disso, já foi campeão em 1994, o que lhe acrescenta uma enorme bagagem.

4. Liderança

Inegavelmente Dunga é um líder nato. Capitão no título mundial de 1994 mesmo contestado pela crítica ele foi guerreiro e um líder dentro de campo. Para Seleção ele levou essa autoridade e traçou um plano diferente do escolhido por Parreira em 2006 e por Felipão em 2002 e 2014: ele não criou uma família descontraída e emocionalmente frágil e inconstante; o gaúcho montou uma equipe entrosada dentro de campo e segura.

5. Pronto para mudanças

Dunga mesmo quando jogador era cabeça dura, indisposto a mostrar que estava errada e que a opinião popular tinha razão, o que em alguns momentos da carreira (de jogador e de técnico) o prejudicou. Não obstante, no comando da prancheta foi estudioso e implementou  o 4-2-3-1 no momento oportuno, no qual todas as Seleções também o utilizavam. Taticamente foi impecável; o time falhou em lances individuais e pontuais.

Sem um estilo de jogo viciado como a retranca muricista ou o um-a-zerismo titiano Dunga não será um criador de tiki-taka ou aplicador de uma tática dinâmica como a alemã do último Mundial. Deverá, contudo, apresentar um futebol ofensivo, aguerrido e que possa desfrutar das qualidades coletivas e individuais, sem apelar para lances viciados como cobranças de falta e gols de cabeça.

Foram esses ótimos pontos positivos que mostram do porquê devemos comemorar a chegada de Dunga, mas pela criticidade que deve ser peculiar do amante do futebol nada são 1000 maravilhas. Para lembrar de pontos negativos do técnico vale recordar da falta de carisma, do péssimo relacionamento com imprensa e o pequeno currículo como técnico.

Mediando e atribuindo pesos a cada ponto desses vejo a chegada de Dunga para reassumir o Brasil como mais positiva do que negativa. E você? Comente!

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