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16 de dezembro de 2012

Nome não ganha jogo, mas só raça também não!



Doze anos atrás estavam lá os corintianos disputando o Mundial. Não no Japão, nem por mérito de terem vencido uma Libertadores, mas era Mundial. Apesar de ter o nome da famosa competição, o título jamais convenceu os rivais. Depois de silenciar a voz que dizia que eles “não podiam vencer” a Libertadores, eles têm a chance de calar mais uma boca: a que tenta convencê-los que eles não possuem o maior título do mundo.

Doze anos atrás, na Europa, o Chelsea estava preocupado e ainda sem fama buscava uma colocação que lhe enviasse para a Champions League. O foco sempre (e talvez sempre será) a UCL. O Mundial está fora dos planos europeus. Hoje, os Blues querem apenas complementar o que foi iniciado na conquista em cima do Bayern, em plena Allianz Arena, no meio do ano. Nada, além disso.

2012 chegou, o Chelsea e o Corinthians conquistaram seus continentes de forma inédita e já no final do ano eles se enfrentarão para saber quem foi o melhor clube do ano. O objetivo do Mundial sempre foi esse, contudo hoje se sabe que não é bem assim que funciona. Um Corinthians empolgado pegará um Chelsea desmotivado na final desta grande competição.


Os paulistas são mais unidos e justamente esse é o ponto forte da equipe comandada pelo técnico Tite. Sem um craque, mas como um grupo, eles conquistaram a América e agora pretendem fixar sua bandeira no mundo inteiro. Já o clube londrino é feito de nomes que não possuem uma grande química. Hazard, Oscar, Mata, Ramires, Torres e diversos outros craques são além de valorizados, craques, todavia não têm “tempo de casa” suficiente para dizer que formam uma equipe.

A comparação dos elencos é desigual. Caso se crie um embate individual entre os jogadores, provavelmente apenas dois vestiriam a camisa da Fiel: Ralf e Paulinho. Mikel e Ramires seriam os únicos derrotados do Chelsea, enquanto Cech, David Luiz, Cahill, Ivanovic, Ashley Cole, Mata, Oscar, Hazard e Torres venceriam com facilidade os atletas corintianos.

Amanhã, as 8h30 (horário de Brasília) Chelsea e Corinthians se verão para decidir o campeão do Mundial. Com formações táticas semelhantes – ambos no 4-2-3-1 – os clubes se enfrentam. Os defensores da rainha podem parecer maiores, contudo seu desinteresse os diminui. Já os defensores de sua louca torcida são empurrados pela massa que compareceu com força no Japão. Aposto nos Blues, visto que acredito que raça e disposição não bastam no magnífico esporte que o futebol, o qual permite que clubes de diferentes níveis se enfrentem e nem por isso haja um vencedor garantido.

*Talvez iniciem a partida no banco dando lugar à Marko Marin (ou Moses) e Frank Lampard.

Veja também outros pontos de vista como por exemplo o dos blogueiros Felipe Portes e Walter Paneque:

FP - "Corinthians está mais no espírito do
Mundial e tem um time entrosadíssimo. Deve vencer por um detalhe ou dois, jogo suado e placar apertado. Justamente por o Chelsea não focar tanto no título e ser irregular nesta temporada, deve ficar com o vice. Tite já tem uma estratégia estabelecida."

WP - "Corinthians com o sonho Mundial pode esbarrar em Torres azuis e cair por terra. Tite titubeou, complexado, não deveria nem cogitar mexer no time. Blues vem absolutos, e pra mim, graças a incerteza do treinador corintiano, assumem o posto de favoritos."


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