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10 de agosto de 2014

Enfim


Semanas atrás não se diria que o São Paulo brigaria para entrar no G-4; o time fazia uma campanha acima do esperado e proporcionalmente a equipe rendia tanto quanto o líder Cruzeiro. O tempo foi passando, os erros foram aparecendo e contra a Chapecoense, o Goiás e o Criciúma o tricolor caiu de rendimento. Após a tempestade, entretanto, vem a bonança e com uma excelente partida contra o Bragantino (pela Copa do Brasil) Ganso e Pato parecem ter feito as pazes com o bom futebol. Deste modo, a dupla da lagoa tem dado mais alegria aos torcedores do que as bisonhas espalmadas de Rogério Ceni dão aos corintianos.

Não tendo motivo para se orgulharem de Rogério Ceni (veja) os torcedores do Morumbi vibram com a presença de craques que time algum do Brasil dispensaria: Kaká, Ganso, Pato, Alan Kardec (em ótima fase) e Luís Fabiano. Esses são os bons de bola que ainda não se conheciam e com o passar do tempo e os esporros de Muricy tem melhorado o rendimento.

Enfim, após alguns jogos e em homenagem à reestreia de Kaká no Morumbi o meio e o ataque mostraram-se mais iluminados. Viu-se contra o Vitória assistências e conclusões que deixavam saudades. Hoje, Ganso foi Ganso, Pato foi Pato e Kardec foi craque (esse não dá para personificar em uma fase) e para se ter noção, até Douglas fez uma boa partida.

Da forma como foi exposto parece que o São Paulo vive em um mar de rosas, porém na Barra Funda a situação não é essa. A defesa se mostra mais parte do que o Brasileirão nas mãos da CBF e mais uma vez (vale lembrar as entregadas contra Criciúma e Bragantino) falhou de forma inaceitável. A linha burra só não foi pior porque Alemão fez questão de fazer coisa mais feia no começo de jogo – no lance em que saiu o primeiro de Pato – e porque o placar já apontava 3 a 0; caso contrário seria mais uma partida que os tricolores iriam pra casa com só um ponto nas mãos.

Em síntese, há muito que se mexer no São Paulo, principalmente no setor defensivo. Vale ressaltar ainda que o técnico precisa decidir como o ataque será composto, já que não cabem tantos bons jogadores em tão poucas vagas. Particularmente, aposto no revezamento entre as lesões e expulsões de Luís Fabiano, os picos de boas atuações de Pato e as loucuras de Muricy em pôr Ademílson.

O time não vai bem, mas quinto lugar, mordiscando o G-4, não é de se reclamar. Vários queriam estar nessa situação (Flamengo e Botafogo que o digam) mas toda essa reforma para atingir o ápice da tabela requer (muito) “trabalho, meu filho”.

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