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6 de agosto de 2012

Jamais aceitarei


O famoso Edson Arantes do Nascimento, o Pelé, sempre foi uma referência à todos os brasileiros, seja por seu jeito de jogar ou por suas atitudes extra-campo (quando relacionadas com o futebol) e é esta segundo que mais me chama atenção no momento. O Rei já recusou propostas que para seu tempo eram irrecusáveis e tudo isso para jogar no Santos.

Mais recentemente outro craque da Vila Belmiro ao receber propostas milionárias de clubes europeus respondeu com um sonoro "não"! Neymar pode não ser um novo Pelé, mas está no caminho para isso e essas atitudes o diferenciam dos demais, massageiam seu ego e o tornam ousado, como ele tanto gosta.

Enquanto o discípulo do Rei Pelé segue o melhor caminho (mais difícil, porém melhor) seu "concorrente" não parece estar fazendo o mesmo. Na noite deste domingo o GloboEsporte anunciou que o meia Lucas, do São Paulo, havia saído do clube rumo ao... PSG! Primeiro, na Europa ele será mais um, parece querer ser igual aos grandes e não melhor. Ok, uma boa escolha, mas não a mais ousada e pretensiosa. Segundo, não dava para embarcar em um avião para outro país? Se é para deixar o Brasil que tanto o reverenciou seria melhor para um liga mais competitiva.

Sempre fui, e sempre serei defensor, de que o futebol brasileiro só mudará quando tivermos grandes craques jogando no nosso país e ao menos um disputando para ser o melhor do mundo. Se a dois anos (ou até menos) o Brasil tinha três jogadores nesta posição - Neymar, Ganso e Lucas - hoje só resta um, justamente o com maior potencial.

Lucas está traçando a sua carreira como prefere. Não é ambicioso e nem ousado. Quer ter uma carreira regular e receber exageradamente bem (único motivo que me faz crer que ele escolheu a França ao invés da Inglaterra ou Itália). Além de desfalcar o São Paulo, deixará o futebol brasileiro com um craque a menos. Tudo bem, é opção dele, mas por favor, Neymar, seja o diferente; precisamos de um melhor do mundo atuando em terras tupiniquins.

Para ser o melhor, tem que ser diferente. Um jogador pode ser várias vezes campeão do Mundial jogando pelo melhor time do mundo; ser eleito o melhor do mundo ao lado de outros craques do mesmo nível, contudo quando alguém chegar a este ponto de forma diferente esse sim será o melhor.

Jamais aceitarei que o melhor a ser feito é ir para a Europa. Por que existem tantos brasileiros com o famoso complexo de vira-lata, explicado por Nelson Rodriguez após o Brasil ser eliminado para o Uruguai na final da Copa do Mundo de 1950? O Brasil não deve nada para o Velho Continente, seja em questão de salário (é bom lembrar que os europeus estão quebrados), qualidade das partidas e até mesmo em visibilidade, afinal, quer coisa melhor do que se destacar no Brasileirão? Resta alguma dúvida que será chamado para a seleção mais vitoriosa do mundo?

O futebol brazuca só crescerá quando acabar esse complexo de inferioridade. Temos o melhor campeonato do mundo, o mais disputado e com pelo menos dois ótimos jogadores em cada um dos 12 (isso, doze!) grandes clubes. Não há motivo para o Brasil ser alvo do enorme êxodo que sofre.

Ainda espero o dia em que o futebol brasileiro passe nas tevês européias e as nossas camisas, as mais vendidas no Velho Continente. O dia em que ao invés de comentar o jogo da Premier League, os brasileiros comentem o Brasileirão; seja um Fla-Flu ou Atlético-GO X Portuguesa.

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