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18 de junho de 2014

Não há personificação da falha, a culpa é geral


Não há uma derrota da Seleção Brasileira (e talvez de nenhum time) que não haja um/uns culpado(s), um resumo de todas as falhas em uma única pessoa ou pessoas. Em 2006 Roberto Carlos foi tal jogador. Felipe Melo e Dunga que foram crucificados em 2010. Hoje, parece que não vencemos por causa de Ochoa, mas a meu ver, o empate vai mais a fundo.

É inegável que o goleiro mexicano foi o melhor da partida e que fez um ótimo jogo, mas me soa como desculpa entregarmos o mérito por essa derrota (porque perder o México em Copa do Mundo me parece derrota). O Brasil é pentacampeão mundial e o atual campeão da Copa das Confederações, é famoso por sua magia e genialidade, não seria um goleiro mediano que pararia toda essa mágica.

Sendo assim, Ochoa foi o melhor da partida, pois os brasileiros não foram. A desorganização brasileira e a falta de explosão dos craques brasileiros deram de mão beijada tal título ao camisa 13 mexicano. Neymar não foi o gênio que decide o futebol com uma jogada de efeito; Oscar não efetuou aqueles majestosos passes que lhe é de seu feitio e pior, faltou Fred chegar para a Copa, porque o atleta que veste a nove hoje não é o mesmo que empurrava insistentemente a bola para o fundo do gol meses atrás. Faltam-me os voleio de 2013, os dribles, os passes e as defesas.


A culpa me parece do coletivo, da desorganização geral que não ameaça uma eliminação precoce na fase de grupos, mas também não permite um título de Copa do Mundo. A equipe não é a mesma tão eficiente da Copa das Confederações, e o pior, não há muito que fazer além de uma enorme dose de motivação que estimule o brilho das cinco estrelas acima do escudo, que foram conquistadas com o diferencial que possui o futebol brasileiro.

Eu até diria que seria interessante tirar (ao menos um por um jogo) Fred, Paulinho e talvez Daniel Alves para introduzir Jô, Hernanes (o organizador que faz bem o arroz-com-feijão) e Maicon (que balanceia bem as subidas com a marcação), mas o futebol não é uma ciência exata. Deste modo Copa do Mundo não é jogo de videogame que se resolve como uma substituição ou mudança de formação. Uma vitória vai além disso.

O problema do Brasil não é o time, já que não se pode dizer que a atacante do Fluminense, o meia do Tottenham e o lateral do Barcelona são ruins, muito menos os camisas dez e onze da Seleção. O empecilho é a falta de constância “apenas”.

Hoje, a seleção me parece composta por onze (talvez dez ou nove) Gansos: jogadores que tem tudo para explodir e decidir um jogo, mas que demonstram apenas lampejos de genialidade. Os craques da Seleção, hoje, não mostram a regularidade que uma Copa do Mundo exige caso a queiram conquistar. O infortúnio é: há quem esteja mostrando isso (Alemanha, por exemplo).

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