Fernando Torres tinha tudo para ter se tornado um craque: foi ídolo no Liverpool devido ao seu acentuado faro de gol e chegou a ficar entre os três melhores jogadores do mundo em 2008. Com o tempo, contudo, as bolas deixaram de entrar, mas mesmo assim o Chelsea apostou milhões, o que não se reverteu em sucesso. Hoje, decreta-se a saída de Torres para o Milan com a intenção de desinchar a folha salarial do dono Abrahomovic, porém fica uma observação em questão: ele pode ser o atleta certo para o Milan pelo preço que eles podem pagar.
É certo que El Niño não será o mesmo de 2008, porém ele não jogará para ser esse craque. No contexto atual, o camisa nove espanhol encontrará um Milan que também não é (e nem pretende em um curto tempo voltar a ser) a equipe que foi há sete anos, quando teve Kaká, Shevchenko, Pirlo e Maldini. Sendo, assim, mesmo sendo considerado a sobra do mercado, ele se encaixará em uma equipe sem muita concorrência. Define-se assim que é razoável supor que Torres se firmará na posição de titular.
Vale ainda apontar as razões pela qual foi feita tal contratação arriscada. É cabível, deste modo, acreditar que o Milan decidiu apostar no atacante espanhol por viverem momentos parecidos. Este dificilmente será o artilheiro desta temporada e não se espera isso dele. Aquele, por sua vez, não deve ir com muita sede ao pote; deve aceitar a realidade e brigar por uma vaga na Champions League do ano que vem.
Kaká e Balotelli saíram e deixaram uma difícil tarefa para Torres e companhia: a de reerguer o Milan. |
Por fim, vê-se que tal negociação foi positiva para todos os lados envolvidos. O Chelsea eliminou alguns milhares de euros gastos excessivamente de seu bilionário orçamento. Ao mesmo tempo, o Milan ganha a esperança de se reerguer e emplacar com um time na média. No mesmo cenário vive Torres, o qual terá aos 30 a sua última chance de mostrar que não teve uma carreira moldada em um ou dois anos de sucesso.
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