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14 de agosto de 2014

Uma Libertadores diferente


Pouco se noticiou no Brasil sobre a final da Libertadores e quando se falou foi pelo fato de não haver clubes brasileiros nelas. San Lorenzo e Nacional (PAR) chegaram na final dignamente, à base da legítima raça sul-americana. Vamos deixar, portanto, de pequenice e admitir que a falta de clubes de nosso não diminuiu a qualidade da competição.

É, de fato, estranho ver uma final da maior competição da América sem um clube do Brasil, país potencia no futebol. É tão peculiar que a última final desta forma foi apenas no longínquo ano de 2004, quando eu ainda nem imaginava que me tornaria um fanático por futebol. Deve-se admitir, não obstante, que nossos jogadores não fizeram falta alguma.

Romagnoli tem a despedida dos sonhos. Seu rumo: o Bahia
Everton Ribeiro, Ronaldinho ou Zé Roberto, deixados para trás nas quartas e oitavas de final, ficaram esquecidos. Quem marcou a mente dos aficionados da Libertadores foram Romagnoli e Piatti do San Lorenzo, além do xerife Ramón Coronel e o medalhão Julio Santa Cruz. Deram toda a emoção da competição com gol no último minuto do primeiro jogo, bola na trave na final, gol de pênalti e o melhor: uma linda festa da torcida.

Se há algo que os argentinos são admiráveis são nas comemorações de torcida. Seja pelas tradicionais e diferentes avalanches regadas a muito papel colorido ou pelo simples grito de gol com as mais diferentes músicas, os argentinos se mostram amantes reais do futebol. É festa durante 90 minutos, com casa cheia e muita emoção. E assim, empurraram o San Lorenzo (obviamente com uma intervenção divina do Papa Francisco) ao título inédito da Libertadores.


Em síntese, viu-se um futebol de alto nível regado à muita festa e raça. Não foram para a Libertadores desacreditados e mais uma piada por falta de Libertadores caiu (eram 106 anos e nenhuma Liberta). Mesmo sem nunca terem levantado uma taça, Nacional e San Lorenzo chegaram a final com ou sem a ajuda do sobrenatural. O que é, contudo, inquestionável, é a falta de descaso da mídia brasileira com a competição, que destinou ao título argentino nem meia capa. Deixemos de pequenice, organizemo-nos e ano que vem estaremos lá de novo.

+ Vem ou não vem? Romagnoli, craque do time argentino, já tinha fechado com o Bahia antes do título, agora ele está dividido e se diz inclusive arrependido de não ficar. Sendo assim, deixou seu futuro nas mãos do clube brasileiro. E aí?

+ Como assim? São Paulo, Internacional e Fluminense saíram todos juntos da Copa do Brasil. Complô para jogar a Sul Americana? Pelo que vi nos jogos, acho que não. O triste é pensar que nesse rumo talvez não tenhamos um brasileiro na final novamente.

+ Craque! Douglas sempre foi alvo de brincadeiras pela torcida do Sâo Paulo devido a sua falta de intimidade com a bola. Parece que o Barcelona não levou na graça e realmente acha que o lateral é craque; bom pra ele que pode estar de malas prontas para a Espanha.

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