Quando, em 2010, Renê Simões falou que estávamos criando um monstro - se referindo a Neymar - ele estava certo. E agora, em 2012, o monstro está deitando e rolando nos gramados brasileiros e, agora, também nos ingleses. Se Pelé eternizou a 10, quem sabe Neymar não eternize (na era pós-Romário) essa 11?
A declaração de Renê obviamente não falava sobre seu futebol, mas sim sobre seu comportamento que de lá pra cá só melhorou. Como já disse o empresário do craque, Wagner Ribeiro, o atacante santista só erra uma vez. E foi exatamente assim. Deu o chapéu no Chicão, foi advertido e não voltou a repetir assim como quando brigou com Dorival Júnior e reconheceu seu erro.
Ousadia (e alegria) até na chuteira |
Além de bom aprendedor Neymar é ousado (como propriamente se intitula). Ousado ao ponto de nunca desistir de uma jogada, ou não "pipocar" como diriam as más línguas. Se disser que ele não se dedicou é mentira, porque se o jogo está fácil ele faz questão de "engrassar" com pedaladas e dribles desconcertantes.
Contra a Bielorrússia foi exatamente assim. Ele não desistiu. Tentou muitas vezes, certo que errou várias, deixou de tocar em algumas e quem sabe até caiu em outras, porém o importante é que foi efetivo (e como foi!). É melhor morrer tentando do que se contentar com um empate como o adversário brasileiro fez.
Neymar foi a cara do jogo de hoje. Deu um passe para o gol de Alexandre Pato, que permitiu a reação brasileira. No segundo tempo a ousadia parece ter entrado em campo vestindo a camisa 11. Foi um show de dribles (ou tentativa deles) e um gol de falta ousado em que bateu no canto que o goleiro estava para tentar enganá-lo. Como toda história feliz costuma ter um final épico, Ney fez questão de carimbar outro passe para gol; desta vez de calcanhar, e Oscar fechou a partida que deu a classificação da Seleção Brasileira.
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